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o que é inteligência artificial

O que é inteligência artificial? Conceito, história e aplicações

Avatar de Renata Lopes Renata Lopes
14 minutos de leitura 27/02/2023 • Atualizado 1 dia atrás 5xp

O que é Inteligência Artificial?

Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que desenvolve sistemas e máquinas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. Essas tarefas incluem aprender, compreender, raciocinar, resolver problemas, tomar decisões, reconhecer padrões e adaptar-se a novas situações. 

A IA usa algoritmos e grandes volumes de dados para tornar máquinas autônomas, capazes de agir sem interferência humana.

A inteligência artificial permite que as máquinas analisem dados e executem tarefas como reconhecimento de voz, processamento de imagens, tomada de decisões e previsões. Vemos essa tecnologia funcionando no nosso dia a dia através de assistentes como Siri e Alexa, carros que se dirigem sozinhos, sugestões da Netflix e diagnósticos mais precisos na medicina. Por trás disso tudo, existem técnicas sofisticadas de machine learning e deep learning que conseguem processar quantidades enormes de informação, organizar dados, traduzir idiomas automaticamente e realizar muitas outras tarefas que antes só humanos conseguiam fazer.

Exemplos de IA: ChatGPT, Copilot e Gemini

Breve História da IA

A origem da Inteligência Artificial remonta ao final da década de 1950. Foi nesse período que o matemático e filósofo britânico Alan Turing propôs a ideia de programar máquinas para pensar e imitar o comportamento humano. Turing é famoso por seu “Teste de Turing”, que mede a capacidade de uma máquina de exibir comportamento inteligente indistinguível do de um humano.

Alan Turing
Alan Turing

Surgimento do termo e primeiros avanços

Em 1956, o termo “Inteligência Artificial” foi cunhado por John McCarthy, um cientista da computação norte-americano, durante a primeira conferência dedicada ao assunto. Conhecida como a Conferência de Dartmouth, esse evento marcou o início formal do campo da IA.

Nos anos seguintes, pesquisadores como Marvin Minsky, Claude Shannon, Herbert Simon, Allen Newell, entre outros, contribuíram significativamente para o desenvolvimento da IA. O governo dos Estados Unidos foi o principal financiador das pesquisas, pois via na IA um grande potencial para fins militares e de inteligência.

Programa ELIZA

Programa ELIZA AI

Um marco importante no desenvolvimento da IA foi a criação do programa ELIZA, em 1966, pelo pesquisador Joseph Weizenbaum. ELIZA foi o primeiro programa a imitar a comunicação entre seres humanos, simulando uma terapeuta que conversava com os usuários em linguagem natural. Esse avanço abriu caminho para várias outras aplicações da IA, como sistemas especialistas, robôs industriais, jogos de xadrez e tecnologias de reconhecimento de fala e imagem.

Evolução e expansão interdisciplinar

Desde as primeiras tentativas de simular a inteligência humana, a IA evoluiu consideravelmente, tornando-se uma área interdisciplinar que envolve computação, matemática, psicologia, filosofia e outras áreas do conhecimento. A década de 2000 trouxe grandes avanços com o surgimento de machine learning e redes neurais, técnicas que permitiram a criação de sistemas mais complexos e eficazes. Atualmente, empresas e cientistas em todo o mundo conduzem pesquisas em IA, impulsionando inovações que afetam diversos setores da sociedade.

Tipos de IA

Tipos de IA

A inteligência artificial pode ser classificada em diferentes categorias baseadas em suas capacidades e alcance. Atualmente, convivemos com 4 tipos de inteligência artificial.

Inteligência artificial limitada ou estreita (ANI) 

Também conhecida como IA fraca. Este tipo é desenvolvido para executar tarefas muito específicas e não consegue expandir suas habilidades além daquilo para o que foi programado. É o que encontramos nos assistentes virtuais como Siri e Alexa, nos algoritmos que recomendam filmes na Netflix ou nos chatbots que respondem dúvidas em sites de empresas.

Inteligência artificial geral (AGI)

Já a AGI chamada de IA forte, representa um conceito ainda teórico que não existe na prática. Esta categoria descreve máquinas capazes de compreender, aprender e aplicar conhecimentos em qualquer contexto, de forma similar à inteligência humana. O objetivo seria criar sistemas que pudessem realizar qualquer tarefa intelectual que uma pessoa consegue fazer.

Superinteligência artificial (ASI)

Esta IA representa um conceito hipotético de IA que não apenas igualaria, mas superaria drasticamente a inteligência humana em todos os domínios cognitivos, incluindo criatividade, sabedoria social, resolução de problemas complexos e até mesmo autoconsciência. 

Inteligência artificial generativa

A IA que mais tem ganhado destaque recentemente. Esta IA generativa foca na criação de conteúdos originais como textos, imagens, música e vídeos a partir de dados de treinamento. Ferramentas como ChatGPT, DALL-E e Midjourney são exemplos práticos dessa tecnologia, que se enquadra dentro das categorias de IA já mencionadas.

Como funciona a inteligência artificial  

A inteligência artificial opera através de algoritmos e modelos matemáticos que capacitam sistemas computacionais a aprenderem com dados, reconhecerem padrões complexos e tomarem decisões baseadas nesse conhecimento adquirido. O funcionamento fundamental depende do processamento de enormes quantidades de informações para treinar algoritmos que conseguem fazer previsões e executar tarefas sem necessidade de programação específica para cada situação.

Machine Learning (aprendizado de máquina): representa a espinha dorsal da IA moderna, permitindo que sistemas desenvolvam conhecimento através da experiência com dados. No aprendizado supervisionado, algoritmos são alimentados com informações já categorizadas, onde conhecem as respostas corretas e aprendem a replicar esse raciocínio em novos cenários. Já no aprendizado não supervisionado, os sistemas descobrem padrões ocultos em dados não rotulados, identificando relações que podem não ser evidentes para observadores humanos.

Deep Learning (aprendizado profundo): funciona como uma evolução do machine learning, empregando redes neurais artificiais com múltiplas camadas interconectadas que simulam, de forma simplificada, o processamento neural do cérebro humano. Esta arquitetura em camadas permite processar informações extremamente complexas, possibilitando avanços revolucionários em reconhecimento de voz, análise de imagens médicas, tradução automática e geração de conteúdo criativo.

Na prática, o processo funciona através da coleta massiva de dados relevantes, que são processados por algoritmos especializados para identificar padrões, correlações e relações sutis. Conforme o sistema processa mais informações ao longo do tempo, ele se ajusta continuamente, refinando sua compreensão e melhorando progressivamente sua capacidade de resposta e tomada de decisões. 

5 aplicações práticas da IA

A Inteligência Artificial transformou significativamente diversos setores em 2025, oferecendo soluções práticas que melhoram a eficiência e qualidade de vida das pessoas. Veja alguns exemplos:

  1. Assistentes virtuais: capazes de entender comandos de voz e realizar tarefas como tocar música, responder perguntas, enviar mensagens e fazer ligações.

São exemplos populares: Siri, Alexa e Google Assistant.

2. Modelos de linguagem: conhecidos também pela sigla LLM (do inglês Large Language Model, ou modelo grande de linguagem), são sistemas que aprendem a processar e gerar texto com base em grandes quantidades de dados. Eles são treinados em enormes conjuntos de dados de texto e código, o que lhes permite aprender padrões e regras da linguagem humana. 

Principais exemplos no mercado hoje: ChatGPT , Copilot  e Gemini .

3. Reconhecimento de imagem: sistemas de visão computacional que reconhecem objetos e padrões em imagens. 

Por exemplo: a identificação de rostos em fotos, o reconhecimento de placas de carro em pedágios e o reconhecimento de defeitos em peças de produção.

4. Sistemas de recomendação: utilizam algoritmos de machine learning para sugerir filmes, séries ou músicas que possam interessar ao usuário com base em seu histórico de visualizações ou escutas. 

São exemplos o sistema de recomendação da Netflix e do Spotify.

5. Carros autônomos: utilizam IA para “enxergar” o ambiente ao redor e tomar decisões de condução de forma autônoma, como acelerar, frear e fazer curvas.

Benefícios e oportunidades da IA

A Inteligência Artificial tem um papel fundamental no desenvolvimento da sociedade, visto que está transformando diversos setores, desde a indústria e o comércio até a saúde e a educação. Afinal, ela tem trazido soluções inovadoras para problemas complexos e está tornando a vida das pessoas mais fácil e eficiente.

Alguns dos principais benefícios da IA incluem:

  • Automatização de tarefas repetitivas e/ou perigosas: realiza tarefas que exigem muita repetição ou que envolvem riscos para a segurança humana. Por exemplo: operar máquinas em fábricas, explorar minas ou vigiar fronteiras.
  • Melhora da eficiência e produtividade: otimiza processos em diversos setores, como transporte, logística e produção de alimentos, reduzindo custos e aumentando a produtividade.
  • Desenvolvimento de novas soluções para problemas complexos: analisa grandes volumes de dados para identificar padrões e tendências. Isso permite a criação de novas soluções para problemas complexos, como a previsão de desastres naturais, a identificação de fraudes financeiras ou o diagnóstico de doenças.
  • Personalização de serviços: personaliza serviços e produtos de acordo com as preferências e necessidades de cada usuário, melhorando a experiência do cliente e aumentando a fidelidade.
  • Avanços em áreas como robótica, automação e inteligência de máquina: impulsiona o desenvolvimento de novas tecnologias, como robôs autônomos, veículos sem motorista e sistemas de inteligência artificial cada vez mais avançados.

Devido a tantos benefícios, a IA é uma das tecnologias mais importantes e promissoras da atualidade, com um potencial imenso para melhorar a vida das pessoas e transformar a sociedade como um todo.

Desafios, riscos e questões éticas da IA 

A crescente utilização de Inteligência Artificial traz consigo uma série de questões sociais e éticas que precisam ser consideradas. Embora essa tecnologia ofereça muitos benefícios, também apresenta desafios significativos que devem ser abordados para garantir um desenvolvimento justo e responsável.

Abaixo estão dois dos principais impactos sociais e éticos das IAs:

Privacidade e segurança de dados

O uso de IA frequentemente requer grandes quantidades de dados pessoais, levantando preocupações sobre privacidade e segurança. Há riscos de que dados sensíveis possam ser expostos ou usados de maneira inadequada, o que pode levar a abusos e violação de direitos individuais. Por isso, é crucial que existam regulamentações robustas e mecanismos de controle para proteger a privacidade dos dados e assegurar que eles sejam utilizados de forma ética.

Questões éticas no desenvolvimento de IA

O desenvolvimento e a implementação de IA também levantam questões éticas sobre responsabilidade e transparência. Quem deve ser responsabilizado quando um sistema de IA comete um erro? Como garantir que os processos de decisão da IA sejam transparentes e compreensíveis? Essas são perguntas importantes que precisam ser discutidas e resolvidas à medida que a IA continua a se expandir em diversas áreas da sociedade.

Além disso, há preocupações sobre a autonomia das IAs e o potencial para que sistemas avançados possam agir de maneiras inesperadas ou não intencionais. Assegurar que as IAs sejam desenvolvidas com salvaguardas adequadas e sob supervisão humana é fundamental para mitigar esses riscos.

O futuro da inteligência artificial

Com a crescente evolução das Inteligências Artificiais, é normal que muitas pessoas comecem a se perguntar: “A IA vai acabar com o meu emprego?”

De fato, a IA tem o potencial de automatizar tarefas realizadas por humanos, o que pode reduzir ou eliminar alguns empregos em determinados setores. No entanto, também pode criar novas oportunidades, pois, à medida que mais empresas adotam a IA, haverá uma demanda crescente por profissionais especializados em desenvolver, implementar e gerenciar sistemas de IA.

Reskilling e upskilling na era da IA

O impacto da IA no mercado de trabalho ressalta a importância do reskilling e upskilling.

Reskilling (requalificação) refere-se ao processo de aprender novas habilidades para assumir um trabalho diferente, enquanto upskilling (aperfeiçoamento) envolve adquirir habilidades adicionais para melhorar a performance no trabalho atual.

Por isso, os trabalhadores precisam se adaptar para se manterem relevantes. Programas de treinamento focados em competências digitais, programação e análise de dados serão essenciais para ajudar os profissionais a se adaptarem às novas demandas.

Novas oportunidades de emprego

Apesar do medo de substituição, a IA também cria empregos, demandando cada vez mais desenvolvedores de IA, engenheiros de machine learning e especialistas em ciência de dados. Além disso, setores como manutenção de sistemas de IA e gestão de dados também deverão crescer, oferecendo novas oportunidades.

Mudanças no perfil profissional demandado

O perfil profissional demandado no mercado de trabalho está mudando. Competências como pensamento crítico, resolução de problemas complexos e habilidades interpessoais se tornam ainda mais valiosas. Profissionais que combinam habilidades técnicas com capacidades humanas únicas serão mais procurados.

Como aprender e trabalhar com IA

A evolução da Inteligência Artificial está criando novas oportunidades para programadores que desejam se especializar nessa área. Aqui estão algumas maneiras pelas quais esses profissionais podem aproveitar o crescimento da IA:

Aprenda as habilidades necessárias: para trabalhar com IA, os programadores precisam ter uma compreensão sólida de conceitos matemáticos, como álgebra linear, cálculo e estatística. Além disso, vale a pena conhecer as linguagens de programação utilizadas em IA, como Python, R e Java.

Especialize-se em uma área específica de IA: a IA é um campo amplo e diversificado, e os programadores podem se especializar em áreas específicas, como machine learning, processamento de linguagem natural ou visão computacional. Isso pode ajudar a tornar um programador mais procurado no mercado de trabalho.

Participe de projetos de código aberto: existem muitos projetos de código aberto relacionados à IA, como o TensorFlow , Keras  e PyTorch . Participar desses projetos pode ajudar os programadores a ganhar experiência prática em trabalhar com IA e também a construir uma rede de contatos.

Mantenha-se atualizado: a IA é um campo em rápida evolução e é importante que os programadores estejam sempre atualizados sobre as últimas tendências e tecnologias. 

Participar de conferências, ler publicações especializadas e seguir criadores de conteúdos sobre IA nas mídias sociais são maneiras de se manter atualizado. Como sugestão, deixamos aqui o Canal do YouTube da Asimov Academy , que lança frequentemente vídeos sobre o tema, como este abaixo sobre o funcionamento do mercado da IA:

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