Faculdade de programação ou cursos online?

Se você sonha em trilhar uma carreira na área de programação, já deve ter se perguntado: “Será que vale a pena investir em uma faculdade ou será melhor optar por cursos online, bootcamps ou até mesmo seguir o caminho autodidata?” Em meio a tantas opções, escolher o melhor caminho pode parecer um verdadeiro labirinto, mas não se preocupe!

Neste artigo, vamos te mostrar as diversas alternativas de formação em programação, mostrando as vantagens e desvantagens de cada uma e como elas podem impactar o seu futuro profissional. 

A importância da formação em programação

A importância da formação em programação vai muito além de aprender a escrever códigos. Em um mundo cada vez mais digital, investir em uma boa base acadêmica abre portas para inúmeras oportunidades e diferencia seu perfil no mercado de trabalho.

Apesar de não existir uma “faculdade de programação” propriamente dita, os cursos de graduação na área de tecnologia – como ciência da computação, engenharia de software ou análise e desenvolvimento de sistemas – são projetados para te preparar tanto no aspecto teórico quanto prático. Essa formação dá o embasamento necessário para entender os fundamentos da computação, resolver problemas complexos e criar soluções inovadoras.

Além disso, ao cursar uma graduação em TI, você não só aprende a programar, mas também desenvolve habilidades essenciais como pensamento lógico, capacidade de trabalhar em equipe e visão estratégica para aplicar a tecnologia no mundo real. Essa combinação de conhecimentos técnicos e comportamentais é o que torna os profissionais altamente valorizados no mercado.

Faculdade de programação existe no brasil?

A verdade é que, no Brasil, não temos um curso com esse nome exato. Mas não se preocupe: há diversas graduações que vão te ensinar a programar e a entender como a computação funciona.

Qual faculdade escolher para se tornar programador?

A seguir, veja os 8 cursos de graduação em TI que se destacam e que podem ser a porta de entrada para a sua carreira:

Análise e desenvolvimento de sistemas

Esse curso tecnólogo, que dura de dois a três anos, é superprático. Ele foca no desenvolvimento de sistemas, softwares, bancos de dados e na criação de soluções para desktop, mobile e web. Você aprenderá a dominar a lógica de programação e também a cuidar da infraestrutura de uma empresa, integrando sistemas e gerenciando redes de computadores. 

Gestão da tecnologia da informação

Nesse curso tecnólogo, a ideia é juntar a parte tecnológica com a administração. Em cerca de dois anos, você se prepara para gerenciar sistemas operacionais, softwares, hardwares e bancos de dados, desenvolvendo uma visão ampla da área de TI. 

Engenharia da computação

Se você busca versatilidade, esse bacharelado de cinco anos pode ser a escolha certa. Nele, você aprende a projetar computadores, sistemas digitais, aplicativos e até robôs. Os engenheiros da computação podem atuar em várias áreas, como desenvolvimento e manutenção de redes. 

Ciência da computação

Com duração de quatro anos, esse bacharelado combina teoria e prática para formar profissionais capazes de desenvolver soluções tecnológicas em diversas áreas. Você vai aprender os fundamentos por trás das linguagens de programação e poderá atuar tanto no desenvolvimento de softwares quanto em áreas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Sistemas de informação

Focado em criar e manter sistemas que gerenciam o fluxo de informações, esse curso ensina você a construir bancos de dados seguros e eficientes para organizações. É ideal para quem gosta de matemática, computadores e tecnologia. 

Computação em nuvem

Hoje em dia, quase nenhuma empresa dispensa o uso da computação em nuvem. Esse curso prepara profissionais para implementar e gerenciar soluções seguras em ambientes de nuvem pública e privada. Você aprenderá a dominar os conceitos e ferramentas da Cloud Computing, planejando e implementando soluções seguras.

Data science (Ciência de dados)

Embora ainda seja um curso relativamente novo no Brasil, o tecnólogo em Data Science, com cerca de dois anos de duração, forma profissionais prontos para lidar com o Big Data. Você vai aprender a analisar dados, identificar padrões, prever tendências e tomar decisões com base em informações precisas. 

Jogos digitais

Se você é apaixonado por jogos e também pelo universo da tecnologia e arte, esse curso pode ser perfeito. Com duração média de dois anos, ele abrange desde a criação de enredos e personagens até a modelagem 3D, animação e o uso de realidade virtual ou aumentada. O objetivo é que você seja capaz de desenvolver jogos para diversas plataformas, além de simuladores e soluções de gamificação. 

Cada uma dessas graduações oferece caminhos diferentes, permitindo que você escolha a que mais combina com seus interesses e objetivos. Afinal, o importante é encontrar o curso que vai te preparar para os desafios e as oportunidades do mundo da tecnologia.

Comparação entre diferentes formas de aprendizado

Agora que já entendemos o quão essencial é investir na formação para se tornar um bom programador, vale a pena olhar para as diferentes formas de aprendizado disponíveis e ponderar seus prós e contras. Afinal, cada caminho tem suas particularidades e pode ser mais adequado dependendo do seu perfil, dos seus objetivos e das suas condições.

Faculdade de programação

As graduações na área de TI – como ciência da computação, engenharia de software e análise e desenvolvimento de sistemas – oferecem uma estrutura curricular bem definida.

Pontos positivos:

• Base sólida: você estuda os fundamentos teóricos, como algoritmos, estruturas de dados e lógica de programação, além de praticar com diversas linguagens.
• Networking: instituições de ensino superior costumam promover eventos, palestras e parcerias com empresas que abrem portas para estágios e futuras oportunidades de trabalho.
• Reconhecimento: um diploma ainda é valorizado por muitas empresas, especialmente as mais tradicionais.

Pontos negativos:

• Tempo e investimento financeiro: cursos de graduação podem durar de 3 a 5 anos e ter um custo elevado, o que nem sempre é acessível para todos.
• Qualidade variável: nem todas as instituições oferecem as mesmas oportunidades de estágio ou conexões com o mercado.

Cursos online

Os cursos online surgiram como uma alternativa flexível e acessível para quem deseja aprender programação. Eles permitem que você estude no seu próprio ritmo, adaptando o aprendizado à sua rotina, seja ela qual for.

A oferta de conteúdos é muito variada, abrangendo desde o básico até tópicos avançados ou especializados, como Data Science, Inteligência Artificial e desenvolvimento web. Essa modalidade é ideal para quem precisa conciliar estudos com outras atividades ou para aqueles que desejam complementar sua formação de maneira prática. 

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Bootcamps

Os bootcamps de programação são cursos intensivos, geralmente com duração de alguns meses, focados em preparar os alunos para o mercado de trabalho de forma rápida e prática. Essa modalidade é ideal para quem busca uma imersão total no universo da programação, adquirindo habilidades específicas que estão em alta demanda.

Durante o bootcamp, o aluno é desafiado com projetos reais e atividades que simulam o ambiente profissional, o que ajuda a desenvolver uma mentalidade voltada para a resolução de problemas. Por outro lado, por serem cursos de curta duração, os bootcamps podem oferecer uma formação mais superficial do ponto de vista teórico, deixando lacunas que podem ser preenchidas posteriormente com estudos complementares.

Autodidatismo

Aprender por conta própria é uma opção que se popularizou muito nos últimos anos, especialmente com a abundância de recursos disponíveis na internet, como tutoriais, vídeos, fóruns e cursos gratuitos. O autodidatismo permite uma liberdade total na escolha dos conteúdos e no ritmo de estudo, o que pode ser extremamente motivador para quem tem curiosidade e deseja explorar áreas específicas de interesse.

No entanto, essa modalidade exige bastante disciplina, organização e capacidade de autogestão, pois a falta de uma estrutura formal pode levar à dificuldade de manter um progresso consistente. Além disso, sem um currículo definido, pode haver lacunas no conhecimento que, em certos momentos, podem dificultar a transição para o mercado de trabalho, especialmente em áreas que valorizam uma base teórica sólida.

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Quais são os tipos de programador?

A programação abre portas para o desenvolvimento de diversos sistemas, cada um focado em aplicações específicas. Por isso, os programadores costumam se especializar em diferentes áreas, de acordo com suas habilidades e interesses. Confira alguns perfis:

1. Programador full stack:
   Esse profissional domina tanto o front-end quanto o back-end, ou seja, ele trabalha em todas as camadas de uma aplicação, garantindo que tudo funcione em harmonia.
2. Programador front-end:
   Focado na interface e na experiência do usuário, ele utiliza tecnologias como HTML, CSS e JavaScript para criar designs atraentes e responsivos em sites e aplicativos.
3. Programador back-end:
   Sua especialidade é a parte “invisível” do sistema: a lógica de servidor, bancos de dados, segurança e processamento de dados. Geralmente, ele trabalha com linguagens como Python, Ruby, Java ou PHP.

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4. Programador de jogos:
   Apaixonado por entretenimento digital, esse profissional cria jogos eletrônicos utilizando motores de jogos, combinando criatividade e técnicas avançadas de programação.
5. Programador de sistemas embarcados:
   Trabalha no desenvolvimento de softwares para dispositivos específicos, como microcontroladores e gadgets de IoT (Internet das Coisas), onde o software se integra diretamente ao hardware.
6. Programador de IA (inteligência artificial):
   Focado em criar sistemas inteligentes, esse especialista desenvolve algoritmos e modelos de machine learning que permitem aos sistemas aprenderem e se adaptarem automaticamente.
7. Programador web:
   Combina habilidades de front-end e back-end para projetar e construir websites e aplicativos online, sempre pensando em oferecer uma experiência completa e integrada.
8. Programador de segurança:
   Sua missão é proteger os sistemas, identificando vulnerabilidades e implementando medidas para evitar ataques e garantir a integridade dos dados.

Cada um desses profissionais desempenha um papel essencial na evolução das soluções digitais que usamos no dia a dia, contribuindo para um mundo cada vez mais conectado e tecnológico.

Como está o mercado de trabalho para programadores atualmente no Brasil? 

Certamente, se tem uma profissão que não para de crescer dentro da tecnologia, é a de programador. Ademais, o avanço tecnológico acontece em um ritmo acelerado, trazendo novas inovações e atualizações quase que diariamente. Portanto, para quem quer entrar nessa área, a boa notícia é que a demanda por programadores só aumenta.

De acordo com dados do Google, o Brasil terá um déficit de 530 mil profissionais de TI até 2025. Para se ter uma ideia, entre 2021 e 2025, apenas 53 mil pessoas devem se formar na área, enquanto a quantidade total de profissionais de TI no país gira em torno de 159 mil. Ou seja, há muito espaço para novos talentos.

Mesmo sendo uma área ainda dominada por homens, vale lembrar que a primeira pessoa a criar um algoritmo de programação foi uma mulher: Ada Lovelace, lá em 1833. Na época, seu trabalho foi ignorado, e ela só recebeu reconhecimento mais de um século depois, nos anos 1940.

Mas afinal, quem são os programadores hoje? Um estudo da Husky, que facilita transferências internacionais, traçou o perfil desses profissionais no Brasil:

• 81,5% são homens
• A maioria tem cerca de 31 anos e não tem filhos
• 60,3% têm nível superior
• 94,9% vêm de áreas de Exatas
• 75% se formaram em cursos de tecnologia

Programador ou desenvolvedor?

Muita gente usa esses termos como sinônimos, mas há diferenças. O programador é aquele que escreve os códigos, lidando diretamente com as linguagens de programação. Já o desenvolvedor participa de todo o processo do projeto, desde a concepção da ideia até a implementação das soluções.

Dentro dessa área, algumas especializações são bem comuns:

• Front-end: trabalha com a parte visível de um site ou app, aquela que o usuário interage.
• Back-end: cuida dos bastidores da aplicação, garantindo que tudo funcione corretamente.

Segundo Bruna Santos, da Talent Acquisition Manager da Keeggo, o mercado continua aquecido, principalmente para modelos híbridos de trabalho. Além disso, ela destaca que o número de mulheres contratadas na área de tecnologia vem crescendo, o que é um ótimo sinal.

Independentemente da especialização escolhida, o segredo para se destacar nesse setor é nunca parar de aprender. 

A relevância da linguagem Python no mercado de trabalho

Python se tornou, nos últimos anos, uma das linguagens de programação mais populares e desejadas tanto por iniciantes quanto por profissionais experientes. Mas afinal, o que torna Python tão valorizado no mercado de trabalho?

Por que Python é tão popular?

A simplicidade é uma das maiores virtudes do Python. Seu código é quase como uma conversa, o que facilita o entendimento e a manutenção dos programas. Essa legibilidade não só atrai novatos, mas também ajuda equipes de desenvolvedores a colaborarem de forma mais eficiente. Guido van Rossum, o criador da linguagem, projetou o Python com a ideia de tornar a programação mais acessível e agradável, o que se refletiu em sua adoção mundial.

Além disso, Python é extremamente versátil. Essa linguagem é empregada em uma variedade de áreas, como desenvolvimento web, automação de tarefas, análise de dados e até mesmo inteligência artificial. A comunidade ativa ao redor do Python garante uma grande quantidade de bibliotecas e frameworks – como Django para web, Pandas para análise de dados, TensorFlow e PyTorch para machine learning que facilitam a implementação de soluções inovadoras e eficientes.

Aplicações de Python em diferentes setores

A flexibilidade do Python faz com que ele se encaixe perfeitamente em diversos setores:

• Finanças: no mundo financeiro, Python é amplamente utilizado para análise de riscos, automação de processos e desenvolvimento de algoritmos para operações de trading. Sua capacidade de manipular grandes volumes de dados torna a linguagem uma escolha natural para quem trabalha com modelagem financeira.

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• Saúde: em hospitais e laboratórios, Python ajuda a processar e analisar dados de pesquisas, além de facilitar a criação de sistemas de gerenciamento de informações médicas. Softwares de diagnóstico e análises preditivas também se beneficiam de suas bibliotecas especializadas.

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• Tecnologia e startups: muitas startups adotam Python devido à sua agilidade e ao rápido desenvolvimento de protótipos. Essa linguagem permite que empresas inovadoras lancem produtos e serviços com mais velocidade, sem abrir mão da qualidade.

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• Educação: devido à sua simplicidade, Python se tornou a linguagem de escolha em cursos de introdução à programação. Universidades e bootcamps de tecnologia a utilizam para ensinar conceitos fundamentais de computação, preparando os alunos para desafios reais do mercado.

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• Automação e robótica: Python também é muito usado para automatizar tarefas repetitivas e complexas, liberando os profissionais para se concentrarem em atividades estratégicas. Em robótica, por exemplo, a linguagem permite alterar propriedades do computador em tempo real, como o volume, apenas utilizando movimentos com a mão.

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Como se tornar um programador?

A escolha entre faculdade, cursos online, bootcamps ou autodidatismo depende dos seus objetivos e circunstâncias, o importante é alinhar sua jornada com o que você quer conquistar. Se você está começando agora, que tal explorar o universo da programação através do Python? Essa linguagem é a porta de entrada ideal para o mundo da tecnologia, e existem diversos recursos gratuitos para você começar.

Vale destacar que, para iniciantes, os cursos gratuitos ajudam a se familiarizar com a área e a ter certeza do que realmente desejam, antes de investir grana em uma formação – investimento que, em algum momento, será essencial para o desenvolvimento profissional.

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