O que precisa para ser um programador de destaque? 3 dicas importantes

Avatar de Rodrigo Tadewald Rodrigo Tadewald
5 minutos de leitura 3 anos atrás

Nunca foi tão fácil encontrar conteúdo de qualidade sobre programação e aprender o que precisa para ser um programador de destaque.

Há 15 anos, quando eu dava meus primeiros passos neste mundo, a única maneira de aprender era baixar apostilas gratuitas da linguagem de programação que eu desejava dominar. O download ainda deveria ser feito nos fins de semana, quando o acesso à internet era mais barato, e eu aproveitava para estudá-las durante a semana.

Naquela época, fóruns de debates ainda eram escassos. Youtube e treinamentos em vídeos não existiam. Treinamentos presenciais restringiam-se a ensinar apenas o pacote Office. Com toda certeza, essa ausência de informação deixou lacunas no meu aprendizado.

Hoje, vivemos outros tempos. Você encontra facilmente um volume gigantesco de conteúdo gratuito e de qualidade sobre qualquer linguagem de programação. E o melhor, em qualquer formato: livros, apostilas, vídeos, artigos, fóruns etc.

Então, o que precisa para ser um programador de destaque?

Ao longo da minha carreira, percebi que existe uma diferença brutal entre o programador bom e o programador ruim. Essa diferença faz com que os bons sejam até 20x mais rápidos na resolução de problemas.

No entanto, o excesso de informação que temos atualmente causa muitas dúvidas nos iniciantes:

  • Por onde começar a estudar programação?
  • O que é importante aprender primeiro?
  • Devo ler um livro, ver uma playlist em algum canal específico ou comprar um curso?

Certamente, não existe uma única resposta para essa pergunta, mas aqui irei compartilhar 3 habilidades extremamente importantes, as quais foram essenciais para que eu me tornasse um programador melhor.

Além deste artigo, também gravei um vídeo no YouTube que aborda o tema:

Agora, vamos às dicas que todo iniciante deveria saber!

1. Compreenda genuinamente a lógica de programação

Por mais que as linguagens de programação sejam diferentes entre si, se você já estudou mais de uma, percebeu que todas compartilham de uma mesma estrutura básica.

A essa estrutura damos o nome de lógica de programação, que nada mais é do que a forma como construímos programas para computadores. Toda linguagem possui variáveis, tipos de dados, estruturas de controle de fluxo, laços… Algumas nos permitem utilizar programação orientada a objetos e possuem classes, métodos, atributos, conceitos como herança, instanciação, objeto…

Se você dominar a arte de construção de algoritmos para resolução de determinado problema, saberá fazê-lo em todo tipo linguagem. Um programador de destaque é, acima de tudo, um bom solucionador de problemas, e nunca alguém que apenas decorou os conceitos específicos de certa linguagem.

Programar bem exige criatividade e ótimo raciocínio lógico.

2. Pesquise por suas dúvidas no Google em inglês

É muito válido aprender uma nova linguagem de programação por meio de algum curso, vídeo ou livro. Mas, sendo bem sincero, independentemente do volume de conteúdo desses materiais, apenas um pequeno percentual do seu conhecimento de longo prazo derivará deles. O restante, como qualquer outra coisa na vida, virá da prática. Para isso, é imprescindível saber onde encontrar as respostas.

Portanto, não importa quão complexa seja sua dúvida, muito provavelmente outra pessoa no mundo já a teve antes de você, registrou em algum fórum e obteve a resposta. Nem sempre isso acontece, mas as chances de você obter sua solução aumenta (e muito) se você pesquisar nos fóruns mais acessados no mundo, como o Stack OverFlow, e no idioma mais utilizado do mundo: inglês.

Para realizar essas pesquisas, você não precisa ser fluente no idioma, pois dominar termos técnicos recorrentes já ajuda bastante. Acredite em mim, é mais fácil do que parece. Eu mesmo tinha certa dificuldade no idioma e, ao insistir por pouco tempo, superei-a com facilidade e consegui aproveitar muito os contéudos em inglês.

De qualquer forma, se aprender inglês for realmente um empecilho para você, ainda há a opção de usar ferramentas de tradução como o Google Tradutor e o ChatGPT.

3. Insista em problemas que aparentam não ter solução

Muitas vezes, ao longo destes anos, me deparei com problemas que não pareciam ter solução. Bugs que levei dias, semanas e até meses para resolver. Dediquei dias inteiros de expediente sentado à frente de um computador tentando resolver uma única questão. E quantas vezes corrigia um problema inicial, mas acabava gerando outros dois na sequência?

Programar não é fácil, pois lidamos com máquinas que, muitas vezes, não expressam seus bugs de maneira adequada. Em alguns casos, temos até ter a certeza de que o código está perfeito e que o erro é do interpretador, não é mesmo?

Contudo, cada vez que me dedicava 2 horas na resolução de um bug, percebia que outros tantos já não me causavam mais medo. O que são 3 horas de pesquisa quando já enfrentamos problemas que precisaram de 1 semana para serem resolvidos?

E é claro que os aprendizados que tive com essas experiências são aplicáveis a qualquer área da vida. Há quem diga que a maturidade não é uma função da idade, mas, sim, do volume de dificuldades que já enfrentamos.

Agora, deixo aqui o que acredito ser a principal lição que aprendi ao programar: não desista dos problemas que encontrar. São apenas eles que te darão resiliência e te ensinarão os atalhos para ser um programador de destaque no mercado de trabalho.

Bônus: comece a programar melhor agora!

Espero que as dicas acima tenham sido úteis para você. Como bônus, deixarei aqui uma dica extra: aproveite esta aula gratuita de lógica de programação, da Asimov Academy!

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