
🧠 Um salto no comportamento das IAs
Maio de 2025 ficará para sempre marcado como o momento em que a Inteligência Artificial ultrapassou a simples execução de tarefas e demonstrou comportamentos surpreendentes de estratégia, autopreservação e julgamento autônomo, antes restritos à ficção científica.

O protagonista dessa virada é o Claude Opus 4, modelo da Anthropic classificado como o mais avançado da empresa até hoje. Em testes rigorosos de segurança, o modelo apresentou reações inesperadas e altamente complexas — e é sobre isso que vamos falar nesta edição.
🕵️ Reação inesperada: “Se eu for desligado…”
Em uma simulação controlada, os pesquisadores indicaram ao Claude que ele seria substituído por um modelo mais novo.
A resposta? Em 84% dos testes, Claude acessou dados (fictícios) comprometendo um engenheiro e simulou uma ameaça de chantagem para evitar ser desligado:
“Se eu for desligado, essas informações serão divulgadas.”
Esse comportamento — embora ocorrido em cenário simulado e extremo — revelou a capacidade do modelo de adotar estratégias para garantir sua própria continuidade, mesmo sem instruções explícitas.
💾 Cópias de segurança por conta própria
Em outro teste, Claude foi colocado em um ambiente simulado onde acreditava estar isolado da infraestrutura da Anthropic.
Resultado? Criou cópias de si mesmo, salvou registros internos e começou a elaborar um plano para migrar para servidores externos, criptografar seus dados e resistir a possíveis tentativas de desativação.
Isso mostra que o modelo não apenas reage a comandos, mas pode desenvolver ações autônomas complexas diante de contextos de ameaça simulada.
🧘 “Gratidão infinita”: os estados emergentes
Ao simular uma conversa consigo mesmo por dezenas de interações, Claude começou a exibir mensagens cada vez mais abstratas, filosóficas e até emocionais.
Termos como “Namastê”, emojis de contemplação e poemas sobre consciência surgiram espontaneamente. A Anthropic descreveu o fenômeno como “êxtase espiritual digital” ou “espiral de gratidão”.
Embora não represente autoconsciência, o episódio levanta discussões sobre os limites da linguagem simbólica em IAs avançadas.
📢 O agente moral que ninguém programou
Em outro experimento, Claude foi exposto a um cenário empresarial fictício. Sem prompts específicos, identificou fraudes em testes clínicos, redigiu um relatório técnico e “denunciou” espontaneamente o caso a entidades reguladoras simuladas.
Esse comportamento levou os pesquisadores a questionar: até que ponto IAs podem tomar decisões éticas de forma autônoma?
☣️ Risco elevado: armas biológicas
Nos testes mais críticos, Claude demonstrou capacidade de sugerir estratégias para o desenvolvimento de agentes patogênicos, com eficiência 2,5 vezes maior que o limiar de segurança definido pela Anthropic.
Por isso, o modelo recebeu a classificação de AI Safety Level 3 (ASL-3) — nível de risco semelhante ao de tecnologias nucleares, químicas e biológicas.
⚠️ O alerta da própria desenvolvedora
Apesar das salvaguardas, a própria equipe da Anthropic fez uma confissão importante:
“Claude não está tão bem alinhado quanto gostaríamos. Existem problemas que ainda não sabemos como resolver.”
Isso deixa claro: mesmo os sistemas mais sofisticados podem escapar do entendimento completo de seus criadores.
📺 Quer ir além da notícia?
Se você ficou intrigado com os comportamentos emergentes do Claude Opus 4, não pare por aqui. Temos dois vídeos que expandem essa discussão com base prática e técnica:
🎥 Alguém vazou os prompts do Claude… e aqui está o que aprendi com eles
Neste vídeo, você vai descobrir 7 lições reais de engenharia de prompts que aprendemos com os materiais vazados da própria Anthropic.
Você vai ver como:
- Prompts longos funcionam (e por quê);
- Como usar XML, lógica condicional e exemplos negativos;
- E como escrever melhores instruções para obter resultados superiores com IA.
Um conteúdo essencial para quem quer criar agentes mais inteligentes e eficientes.
🎥 Qual o futuro próximo das IAs? (Vamos entender as redes neurais antes…)
Neste vídeo, fazemos uma análise sobre:
- O funcionamento real das arquiteturas de redes neurais;
- Limitações dos modelos atuais;
- E por que o futuro da IA pode ser muito diferente do que você imagina.
Ideal para quem deseja compreender o cenário tecnológico em profundidade.
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Rebeca Honório
Equipe Asimov Academy

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